Um sentido para a existência . . .
“1Para todas as realizações há um momento certo; existe sempre um tempo apropriado para todo o propósito debaixo do céu.
2Há o tempo de nascer e a época de morrer, tempo de plantar e o tempo de arrancar o que se plantou,
3tempo de matar e tempo de curar, tempo de derrubar e tempo de edificar,
4tempo de chorar e tempo de rir, tempo de lamentar e tempo de dançar,
5tempo de atirar pedras e tempo de guardar as pedras; tempo de abraçar e tempo de se apartar do abraço,
6tempo de buscar, e tempo de desistir, tempo de conservar e tempo de jogar fora,
7tempo de rasgar, e tempo de costurar; tempo de ficar quieto e tempo de expressar o que se sente,
8tempo de amar e tempo de odiar, tempo de lutar e tempo de estabelecer a paz.
9Que proveito o trabalhador tira de sua fadiga diária?
10Observo a tarefa que Deus deu aos seres humanos para que dela se ocupem.
11Ele fez tudo apropriado ao seu tempo. Também colocou no coração do homem o desejo profundo pela eternidade; contudo, o ser humano não consegue perceber completamente o que Deus realizou.
12Sendo assim, compreendi que não pode haver felicidade para o homem a não ser a de alegrar-se e fazer o bem durante toda a sua vida.
13E, descobri também que a própria condição de comer, beber e desfrutar das recompensas pelo seu trabalho é um presente de Deus.
14Compreendi ainda que tudo o que Deus faz dura para sempre: ao que Deus criou nada se pode acrescentar, de igual modo, nada se pode subtrair. Esse é o método de Deus para fazer com que a humanidade o ame reverentemente.
15Assim, tudo o que há, já havia existido; o que será, já existiu antigamente; Deus pode renovar o que já passou!
16Observei que debaixo do sol: ‘No lugar da justiça prevalece a malignidade, no lugar da honestidade, domina a impiedade.’
17Então, passei a refletir: ‘Ao justo e ao perverso Deus os julgará, porque aqui na terra há uma época apropriada para todo o propósito e um lugar para cada ação!’
18Quanto à humanidade penso assim: ‘Deus prova os homens para que percebam que são tão mortais quanto os animais!
19Porquanto a sorte do ser humano e a do animal é idêntica: como morre um, assim morre o outro, e ambos têm o mesmo espírito, o mesmo fôlego de vida; de fato, o ser humano não tem vantagem alguma sobre os animais. E, assim, tudo não passa de uma grande ilusão!
20Tudo e todos se dirigem para o mesmo fim: tudo vem do pó e tudo retorna ao pó.
21Quem pode afirmar que o alento, o espírito humano, sobe às alturas e que o fôlego do animal desce à terra?
22Considerando tudo isso, cheguei à conclusão de que não existe nada melhor para o ser humano do que ser feliz no trabalho que realiza e desfrutar dos seus resultados; afinal essa é a sua recompensa. Porquanto, quem de nós tem o poder de saber o que vai acontecer depois da nossa morte? “